
O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta quinta-feira (25) para o início do cumprimento de pena, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A detenção ocorreu às 4h, em Maceió (AL), segundo seu advogado. Collor está custodiado na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana.
A prisão é consequência de condenação imposta em 2023, quando o STF o sentenciou a oito anos e dez meses de reclusão por corrupção iva e lavagem de dinheiro, no âmbito de um esquema criminoso envolvendo a BR Distribuidora. Ele também foi condenado a pagar 90 dias-multa.
A ação é um desdobramento da Operação Lava Jato. Collor foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República em 2015, acusado de receber cerca de R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014 para facilitar contratos da BR Distribuidora por meio de suas indicações políticas.
A defesa apresentou recursos contra a sentença, incluindo embargos de declaração, mas os principais pedidos foram negados por Moraes. Em junho de 2024, o ministro Dias Toffoli chegou a sugerir a redução da pena de Collor, mas a maioria do STF manteve o entendimento original.
A decisão de prender Collor foi assinada por Moraes nesta quarta-feira (24) e será submetida ao plenário do STF em julgamento virtual iniciado nesta sexta. “Determino a prisão e o início do cumprimento da pena de reclusão, em regime fechado”, afirmou o ministro.
Outro condenado no mesmo caso, Pedro Paulo Berghamaschi Ramos, apontado como operador de Collor, também teve recursos negados e cumprirá pena de quatro anos e um mês de prisão.